No dia 30 de abril de 2016, nas dependências da Faculdade Joaquim Nabuco Recife, fazendo parte da programação da Jornada do Aluno que Aprende, ocorreu o lançamento do meu livro solo: Teixeira de Freitas: codificação, casamento civil e escravidão na retórica do direito no fim do Segundo Império com o apoio da direção e da coordenação do curso de Direito daquela faculdade.
O livro faz uma abordagem acadêmica e interdisciplinar entre as ciências da Linguagem, da História, do Direito e da Filosofia retórica a respeito de temas que foram muito importantes no período do Segundo Império brasileiro e que ainda tem repercussão nos dias atuais.
A metodologia utilizada provem da Filosofia retórica para questionar se no nascedouro da cultura jurídica brasileira predominaram ideias inovadoras e originais ou se ocorreu a manutenção, propagação e continuidade do pensamento continental europeu. Por meio da História tentou-se recriar o ambiente retórico material de discussões relevantes para o Direito tendo por paradigma os debates do jurisconsulto Teixeira de Freitas, considerado o maior jurista das Américas daquele século, do qual várias obras e documentos foram analisados através das bases retóricas da Linguagem.
Meu orientador no mestrado da UFPE, o Dr. Torquato Castro Júnior, fez a apresentação do livro e meu orientador e mentor nas pesquisas de linguagem, o Dr. João Maurício Adeodato redigiu o prefácio que tem por título: o jurista do Segundo Império no grupo de pesquisa sobre História das Ideias. Vale a pena conferir.
Nas palavras de Adeodato, "os grandes pensadores sempre vêm na vanguarda das mudanças sociais e toda quebra de paradigmas traz uma construção intelectual em seu bojo. Os juristas ocupam lugar de destaque nessa galeria e suas continuidade e originalidade constituem a problemática central deste livro. Ele mostra que o Brasil produziu grandes pensadores e investiga a questão de uma eventual originalidade no pensamento de Teixeira de Freitas para além das repetições ou comentários de ensinamentos alienígenas. Por outro lado, o livro não se prende apenas à bibliografia ou à biografia de Teixeira de Freitas, mas tenta uma historiografia filosófica das ideias, o que o diferencia de uma história tradicional. Essas ideias podem aparecer a partir de filósofos, políticos, escritores, não apenas de juristas, mas, no caso do presente livro, o enfoque é filosófico, no sentido de uma filosofia retórica do direito, tendo como objeto um jurista acentuadamente voltado para a dogmática jurídica e a prática do direito". E, o Professor Castro Júnior arremata: "aprende-se muito neste livro sobre Teixeira de Freitas, sobre o Brasil e sobre retórica, o que significa dizer sobre o ser humano". Espero que o leitor possa adquiri-lo a fim de chegar às suas próprias conclusões.
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